quinta-feira, 11 de abril de 2013

Intenção de compra dos paulistanos segue estável, com leve aumento sazonal, devido ao Dia das Mães e Dia dos Namorados


Intenção de compra dos paulistanos segue estável, com leve aumento sazonal, devido ao Dia das Mães e Dia dos Namorados, revela pesquisa do PROVAR/FIA

Estudo também aponta: e-commerce tem a maior queda já registrada, inflação atenua significativamente o efeito positivo do crédito para as vendas. Outros dados analisados são: intenção de gasto, comprometimento da renda, expectativa para inadimplência no período e os investimentos na poupança.

O consumidor ainda está cauteloso, mas apresenta leve aumento na intenção de compras para o segundo trimestre de 2013. Segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados, 59,2% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável entre os meses de abril e junho deste ano, índice 2,4 p.p superior ao registrado no primeiro trimestre, em que se verificou 56,8%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o índice manteve quase o mesmo no mesmo patamar, 58%.

A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.




Dentre as categorias analisadas, o item "Vestuário e Calçados" desponta como o de maior intenção de compra, com 17%, seguido por “Móveis” (12%), e por "Linha Branca", com 9,4%.

Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR/FIA, o nível superior ao verificado no primeiro trimestre de 2013 se dá por conta das datas sazonais do varejo. “O Dia das Mães tem um peso muito forte nas vendas, afinal é a segunda data mais importante do varejo nacional. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, o índice se mantém estável, o que indica que os consumidores estão muito cuidadosos em relação à decisão de compra, por conta da inflação, mesmo com estímulo ao crédito”, argumenta o professor.

Outro fator ressaltado no estudo é que somente três categorias apresentaram alta na intenção de compras em relação ao segundo trimestre de 2012, são elas: Móveis (81,8%), Eletroeletrônicos (25%) e Eletroportáteis (8,3%). Todas as outras categorias listadas na pesquisa apresentaram quedas que variam de 4,4% a 32,1%.

Foi apontada ainda a maior queda já registrada na pesquisa do varejo virtual. Em análise feita em parceria com a e-bit, a intenção de compra na internet alcançou o patamar de 76,5%, recuo de 7,4 p.p quando comparada ao primeiro trimestre de 2013 (83,9%). Em relação ao segundo trimestre de 2012, a queda foi ainda maior, 8,5 p.p.

Intenção de Compras - Internet


Outros assuntos avaliados no estudo

Segundo a pesquisa, a intenção de compra de imóveis nestes meses do ano é a menor já registrada. Somente 3,8% dos entrevistados informaram que pretendem adquirir este tipo de bem, mas a intenção de gasto é a maior já analisada em um ano de estudo. No segundo trimestre de 2012, o valor médio gasto pelo paulistano para a compra de um imóvel era de R$ 99.039,00 já para o segundo trimestre deste ano o valor é de R$ 159.105,00, uma alta de 60,6%.

Neste período, a expectativa de inadimplência é de 7,91% para abril, 8,5% para maio, e 7,87% para junho. Um dado alarmante identificado no levantamento é que o comprometimento de renda das famílias está muito alto, sobrando apenas 10% para novas despesas. Dentre os fatores que mais contribuem para este resultado estão os gastos com Educação, que ocupam 22,1% da renda, seguidos de Alimentação (21%) e Crediário (16,4%).



Entre as categorias em que se pretende mais utilizar crédito estão: “Material de Construção”, em que 81,4% dos respondentes sinalizaram fazer uso de crediário, seguido de “Automóveis e Motos” (80,8%), e “Móveis” e “Cama, mesa e banho”, com 75% cada.

Outro dado analisado remete à consciência financeira do consumidor: 21% informaram ter poupado algum valor nos três primeiros meses do ano, ante 28% no último trimestre de 2012. Entre os tipos de ativos investidos, 96% são em poupança, 2% em papéis como CDBs, 1% em dólar e 1% em ouro.

Os entrevistados que indicaram ter poupado algum valor nos últimos três meses, informaram ter acumulado uma quantia média de R$ 1.110,00. Já quanto à pretensão de poupança, 32% disseram que devem economizar algum valor no período, ante 38,6%, e o valor médio pretendido para os meses de abril e junho são de R$ 1.287,37.



Sobre o Provar: O Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) foi criado em 1992 com o objetivo de promover pesquisas e oferecer treinamento para o setor, que é um dos maiores do terciário da economia brasileira e grande empregador da mão de obra. O propósito do programa é manter uma estreita parceria entre acadêmicos e executivos de organizações ligadas direta ou indiretamente ao varejo, à distribuição, aos serviços e ao mercado de consumo. O programa também tem por objetivo promover pesquisas, estudos, publicação, consultoria e treinamento para o setor de varejo de bens e serviços. Consolidado como o maior centro acadêmico de investigação nas áreas do varejo e mercado de consumo do Brasil, o Provar envolve a participação regular d e mais de cinquenta professores, vinte pesquisadores em caráter permanente, além de alunos do mestrado e doutorado da FEA/USP. Sob sua supervisão já foram realizados mais de 5 mil horas por ano de programas de treinamento, bem como projetos de consultoria e educação no Brasil e na América Latina (México, Chile e Argentina), tendo registrado em 2005 o treinamento de mais de três mil profissionais.

Sobre a Felisoni Consultores Associados: A Felisoni Consultores Associados é uma empresa que oferece cursos, consultoria e pesquisas voltados para o atendimento das necessidades das organizações que têm interesses próximos ao mercado de consumo de bens e serviços. Contando com vasta experiência nas diversas áreas relacionadas à distribuição e ao mercado de consumo, a Felisoni & Associados oferece um amplo conjunto de soluções aplicadas à gestão das organizações. A experiência da Felisoni & Associados vem sendo construída pela intensa atividade de pesquisa de seus profissionais, que associam a sólida formação acadêmica com a ação prática, orientada à identificação e à solução de problemas das organizações mais estreitamente relacionadas à dinâmica do mercado de consumo.

Sobre a e-bit: Presente no mercado brasileiro desde janeiro de 2000, a e-bit conquistou destaque no desenvolvimento do comércio eletrônico no país sendo referência no fornecimento de informações de e-commerce. A e-bit oferece serviços tanto para empresas como para o consumidor online. Para as empresas, a e-bit colabora para o aumento da confiança nas compras pela internet, publicando em seu site (www.ebitempresa.com.br) o resultado das avaliações das pessoas que realmente compraram nas lojas virtuais conveniadas. Já, as informações sobre os serviços direcionados aos consumidores podem ser encontradas no site institucional da e-bit (www.ebit.com.br). A e-bit tem atualmente mais de 5.600 lojas conveniadas.

Sobre a FIA: Eleita por três vezes, desde 2005, como a melhor Escola de Negócios do Brasil, a FIA, um dos mais conceituados e respeitados centros educacionais do País, possui 31 anos de atuação no setor. A Instituição de Ensino Superior (IES), credenciada junto ao MEC (Ministério da Educação), atua em três frentes: ensino, pesquisa e consultoria, capacitando-a para desenvolver estudos e prestar serviços nos mais variados campos de especialização da Administração.

Todos os MBAs oferecidos pela instituição alcançaram credenciamento junto à The Association of MBAs (AMBA), sediada em Londres, que referencia importantes escolas de negócios pelo mundo. Outro reconhecimento relevante foi concedido pelo jornal britânico Financial Times: o Pós-MBA, 25º colocado no ranking educação executiva da Financial Times em 2011.

Mais informações para a imprensa:

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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pesquisa mostra que 17% dos paulistanos têm intenção de comprar roupas e calçados


A intenção de compra do paulistano para o período de abril a junho ensaiou reação, favorecido por datas sazonais, mas o cenário para o consumo segue desafiador em meio a preços altos, inadimplência em patamar elevado e menor disponibilidade de renda do consumidor, mostrou uma pesquisa nesta terça-feira.

O número de consumidores da capital paulista que pretendem adquirir algum bem durável neste trimestre teve alta de 2,4 pontos percentuais sobre os três primeiros meses do ano, para 59,2%, segundo levantamento do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA). Já na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o índice ficou praticamente estável.

A categoria de vestuário e calçados liderou as intenções de compra, com 17%, seguida por móveis (12%) e linha branca (9,4%). Mas apenas três categorias tiveram alta ante o mesmo período do ano passado: eletroeletrônicos, móveis e eletroportáteis. Segundo o presidente do Provar, Claudio Felisoni de Angelo, o segundo trimestre tende a ser favorecido por datas comemorativas, como Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Para Felisoni, na comparação anual, a estabilidade do índice aponta que “os consumidores estão muito cuidadosos em relação à decisão de compra por conta da inflação, mesmo com estímulo ao crédito”.

O consumo no país tem apresentado desempenho mornonos últimos trimestres, contrariando expectativas de que as medidas de incentivo adotadas pelo governo ajudariam o setor.

“As medidas de estímulo estão tendo pouco retorno porque não acompanham a real capacidade de expansão do consumo”, disse Felisoni. “Não há nada pior para o consumo do que a inflação.”

Além da inflação, ele citou como entraves para maior expansão do consumo a inadimplência ainda em patamares elevados e sem perspectiva de queda significativa. O Provar estima que a inadimplência fique em 7,87% em junho.

A menor disponibilidade de renda é outro fator que tem pesado sobre o consumo. Segundo a pesquisa, do total do orçamento familiar, apenas 10% deve estar disponível para consumo no atual trimestre. Um ano antes e no trimestre anterior, esse nível era de 11,4%. 

Reuters

terça-feira, 2 de abril de 2013

Coelho prolífico


Coelho prolífico


Páscoa bate recorde em licenciamento de marcas

(por Suzi Cavalari, da Revista Propaganda)

Os números comprovam que os brasileiros continuam apaixonados por chocolate: o consumo per capita é de 2,2 kg por ano, o que coloca o país em terceiro lugar na produção global do doce. Foram quase 700 mil toneladas produzidas no ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Mas, como a propaganda é a alma do negócio, uma ajudinha é sempre bem vinda. Por isso é que os fabricantes de chocolate abusam dos licenciamentos no período da Páscoa, mesmo aqueles que já possuem tradição no segmento. "Os licenciados são importantes alavancadores de vendas. As empresas recorrem a essa prática porque, além do ovo de Páscoa, os produtos se tornam presentes lúdicos", afirma Ubiracy Fonseca, vice-presidente da Abicab. Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamentos (Abral), diz que ações desse tipo para a data cresceram “absurdamente”.
De acordo com a executiva da Abral, o Brasil já é o quinto país do mundo com o maior faturamento em licenciamento. Ao todo são cerca de 900 empresas licenciadas, 600 licenças disponíveis e 90 agências de licenciamento. Estima-se que o varejo fature em média R$ 7,5 bilhões com a venda de produtos licenciados. “Mas há muito para crescer, as empresas ainda não utilizam todo o potencial de marketing desse recurso”, conta. Os royalties (valores cobrados para a utilização de uma marca) giram em torno de 4% a 14% do valor do produto. E o entretenimento tem sido a propriedade mais explorada do licenciamento, representando 70% do mercado. “A Páscoa foi uma descoberta muito grande para as empresas. O licenciamento é uma ferramenta poderosa de marketing, além de agregar valor, fortalece a marca”, explica.
Dados do Programa de Administração do Varejo (PROVAR) mostram que, só em São Paulo, 59,4% dos paulistanos são influenciados por licenciados na hora da compra. A categoria em que o aval de personagens famosos aos produtos é mais importante é a de guloseimas. O estudo realizado pelo PROVAR, considerando o peso que tem a opinião da criança quando um adulto é instado a adquirir um produto com personagens licenciados, indicou que 37,6% às vezes compram o produto, 33,4% dos entrevistados afirmaram que sempre que possível compram o produto, outros 9,8% disseram que compram com frequência e 2% alegaram comprar sempre. “Foi possível notar que os personagens licenciados se apresentaram como um meio de persuasão para o consumo de determinadas categorias de produtos”, afirma Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar.

ARCOR

Para atrair o consumidor e aumentar o volume de vendas, a multinacional argentina Arcor dobrou os investimentos em licenciados, com personagens como Mickey, Minnie, Nemo, Rapunzel, Meninas Super Poderosas, Super Hero Squal, além de times de futebol. Os produtos licenciados representam 40% do portfólio da empresa para esta Páscoa. Focada no público infantil, a fabricante atrela o prazer do chocolate à diversão, já que o setor apresenta boas oportunidades de negócios. “A Páscoa Arcor traz uma proposta muito encantadora para o público infantil através da marca Tortuguita, de licenças de brinquedos altamente atrativos e interativos, e ter em nosso portfólio ícones infantis como Mickey e Minnie na Páscoa faz toda a diferença”, explica Ciro Mariani, gerente de marketing de chocolates da Arcor do Brasil. A empresa projeta crescimento de 30% nas vendas deste ano em relação à Páscoa de 2012. A data representa 20% do faturamento da fabricante.

LACTA

Apesar da tradição na fabricação de chocolates e de desfrutar pelo 16º ano consecutivo a liderança no mercado de Páscoa, a Lacta também investe no licenciamento como chamariz para se destacar entre as parreiras de ovos nos pontos de venda. Segundo Renata Claro, gerente de marketing de Páscoa da empresa, do portfólio de 23 tipos de ovos para o público infantil, somente dois não utilizam o licenciamento de algum personagem. A executiva conta que, para atender à expectativa do consumidor e encontrar um personagem de sucesso, são realizadas muitas pesquisas de mercado. “Leva cerca de um ano um estudo qualitativo para identificar personagens que façam sentido para o nosso público-alvo e que estejam em linha com o nosso negócio. Depois disso, temos de fazer uma busca por licenciamentos disponíveis que casem com essas informações”, diz Renata. Para este ano, a empresa projeta crescer 4% com a venda de 28 milhões de ovos.

CACAU SHOW

Pelo quinto ano consecutivo a cacau Show também traz ovos de Páscoa com licenciamentos. Para este ano a empresa reforçou o portfólio com a marca Carrossel, que tem rendido muitas vendas em diversas categorias de produtos graças à audiência dessa produção televisiva. “Creio que o licenciamento é uma forma de inserir a empresa no universo infantil e dialogar com a criança”, afirma Raquel Massagardi, gerente de produto da Cacau Show. Raquel conta que mesmo após a Páscoa as marcas Carrossel e Turma da Mônica continuarão presentes entre os itens da empresa. “Queremos ampliar nossa linha infantil”, diz. A Cacau Show espera incremento de 29% nas vendas de ovos de Páscoa deste ano em relação às do ano passado. A data representa 30% do faturamento geral da fabricante.

TOP CAU

Desde o ano 2000, a empresa passou a focar seus investimentos em licenciamento de personagens e marcas populares entre o público infantil. Atualmente, 70% do seu portfólio infantil equivale a produtos licenciados. “É uma forma de falar com o consumidor em um evento especial. Além dos saborosos chocolates, os brindes criam expectativa”, diz Alais Fonseca, diretora de marketing da Top Cau. A fabricante de chocolates tem contratos com as marcas licenciadas até 2015.

NESTLÉ E GAROTO

A multinacional Nestlé, que é detentora da marca de chocolates Garoto, também traz licenciados como destaque para sua linha de ovos de Páscoa infantis. No total, são seis licenciamentos, segundo Ricardo Bassoni, gerente de marketing de chocolates da Nestlé. A Garoto também exibe novidades para a sua linha de licenciados. Entre os personagens estão Croods, Monstros S.A., Velozes e Furiosos, Brilhante Victória, Pucca e Os Vingadores.