Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de
Mercado e Tendências de Consumo.
Mini
currículo
Bruno Pompeu
Bruno
Pompeu é publicitário, formado pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA-USP). É mestre em Ciências da Comunicação pela
Universidade de São Paulo, com bolsa CNPq, com trabalho sobre análise semiótica
de embalagem. Atualmente está em fase de conclusão do seu doutorado, em
consumo, semiótica e publicidade, também na USP, com bolsa CAPES, sob
orientação da Prof.ª Dr.ª Clotilde Perez.
É
professor de Marketing e Semiótica do Instituto Europeo di Design (IED-SP) e
leciona disciplinas relacionadas a Marketing, Semiótica, Branding, Consumo e
Antropologia em cursos de pós-graduação lato sensu como USP, FIA,
Trevisan, Belas Artes, Senac e Escola São Paulo.
É
co-autor do livro Dicionário Técnico e Crítico da Comunicação Publicitária,
editado em 2012 pela Cia. dos Livros.
Como
semioticista, já desenvolveu projetos de consultoria para marcas nacionais e
estrangeiras com a profª Drª Clotilde Perez, tendo já atendido clientes como Nestlé, Unilever, Natura, Sadia,
Mastercard, Visa, Rede Globo, General Motors, Fiat, Brastemp, Carrefour, Tio
João, Ovomaltine, La Roche-Posay etc.
1. Qual a maior contribuição de sua
disciplina para a formação de pessoas que atuam em inteligência de mercado e
precisam entender a dinâmica e as tendências do mercado de consumo?
SEMIÓTICA APLICADA - Ter a semiótica não apenas
como um método de análise, mas também como um corpo teórico e uma epistemologia
próprios é uma das principais contribuições. Enxergar a semiótica como um
posicionamento diante dos fenômenos cotidianos - sobretudo os de consumo - pode
proporcionar uma perspectiva privilegiada para se pensar o mercado
contemporâneo. Não é de hoje que a semiótica tem sido usada no âmbito da
pesquisa de mercado, tanto em níveis táticos quanto nas esferas estratégicas, o
que faz com que cada vez mais seja necessário conhecer seus fundamentos
teóricos e também compreender seu funcionamento prático na dinâmica do mercado.
A disciplina teria por objetivo percorrer as principais correntes teóricas, os
métodos mais utilizados e dotar o aluno da capacidade de perceber em que
situações de mercado poderiam ser adequados estudos semióticos - por exemplo:
análises de embalagem, de nomes, de anúncios etc.
ANTROPOLOGIA DO CONSUMO - Entender que é na esfera
do consumo que se manifestam os principais traços do comportamento humano
contemporâneo. A antropologia do consumo estuda exatamente a relação das
pessoas com os bens e a transferência de significados entre pessoas e marcas,
entre pessoas e produtos. A disciplina teria, então, como principal
contribuição trazer a abordagem antropológica/etnográfica para o universo do
consumo, permitindo investigações de mercado mais adequadas ao contemporâneo e
prontas a dar melhores respostas aos clientes. Rituais de consumo,
transferência de significados, universos de sentido, tudo isso faria parte da
disciplina, sempre procurando alinhar os conteúdos às práticas atuais da
pesquisa de mercado.
2. Em sua visão, quais as oportunidades
que o curso de Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências
de Consumo oferecem ao aluno e à sua carreira?
Uma contextualização mais ampla. Na medida em que a vida
corporativa é por vezes excessivamente corrida, corre-se o risco de se
distanciar do pensamento mais amplo sobre o que acontece no mundo. Para o
profissional de pesquisa de mercado, é fundamental estar em sintonia com o que
de mais atual se pensa e se estuda. Por isso, o curso pode trazer essa
atualização do profissional, mas também pode proporcionar uma abertura maior a
novas formas de pensar e praticar a pesquisa. Técnicas, métodos e teorias de
pesquisa são assuntos rígidos e rigorosos. Pesá-los a partir de uma perspectiva
mais complexa, aberta à flexibilização, alinhada com o dinamismo do mundo
atual, coerente com os contornos do contexto contemporâneo, tudo isso é
indispensável ao bom profissional de pesquisa de mercado e tudo isso, penso eu,
o curso tem condição de oferecer aos seus alunos. Novas técnicas, novas formas
de análise, novas abordagens, revisão de conceitos, atualização de métodos,
aprofundamentos nas discussões, tudo isso deve fazer parte do curso.
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