quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Expectativa de compras no varejo para o Natal é a mais baixa em 7 anos, revela pesquisa do PROVAR/FIA


Somente 46,8% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável no final do ano e a expectativa de vendas para 2013 deve ter alta de 4%. Outros dados analisados no estudo são: intenção de gasto, comprometimento de renda e investimento das famílias em poupança

O índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra no último trimestre de 2013, o que inclui Dia das Crianças e Natal, é o mais baixo desde 2006, segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados. Apenas 46,8% dos paulistanos deverão adquirir um bem durável entre os meses de outubro e dezembro deste ano, indicador 3,6 p.p menor ao registrado no terceiro trimestre, em que se verificou 50,4%. Já na comparação com o quarto trimestre do ano passado, o índice apresenta queda de 9,2 p.p., pois foi registrado percentual de 56%.

A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.

Dentre as categorias analisadas, o item "Vestuário e Calçados" desponta como o de maior intenção de compra, com 24%, seguido por "Viagens e Turismo" (12,6%) e "Linha branca" (8%).

Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR/FIA, diversos aspectos reduzirão as vendas de final de ano. “Trata-se de um conjunto de fatores combinados: a massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, inflação, o comprometimento de renda e a inadimplência têm afetado muito o ânimo de compra. Assim, a tendência é de forte desaceleração do consumo, mesmo com os incentivos de final de ano como datas sazonais e o pagamento do 13º salário”, argumenta o especialista.

Como resultado desta segunda queda consecutiva de intenção de compras, associada a um ano muito abaixo dos padrões de venda de 2011, prevê-se que o varejo feche o ano com um crescimento de apenas 4% nas vendas, índice 3,8 p.p menor que em 2012, quando se registrou crescimento de 7,8%.

Compras pela internet

            Na internet, o índice de consumo mantém a recuperação do terceiro trimestre (em que registrou 89,9%) e, nos últimos três meses do ano apresenta alta de 0,4%, ficando em um patamar de 90,3%.

Dentre as categorias com maior interesse de compra estão “Telefonia e celulares” (32%), “Informática” (30,7%) e “Eletroeletrônicos” (29,4%). Por conta das sazonalidades de Dia das Crianças e Natal, a categoria de “Brinquedos” (12,5%) apresenta alta de 5% em relação ao ano anterior, em que se registrou 11,9%, e de 3,3% em relação ao terceiro trimestre, quando foi identificado o patamar de 12,1%.

Outros assuntos avaliados no estudo

Ainda de acordo com a pesquisa, os dados registrados evidenciam o aumento da preocupação do consumidor em relação aos seus gastos. No quarto trimestre, a projeção da inadimplência apresenta uma pequena melhora em relação à média dos nove meses do ano, com 6,59%, 6,36% e 6,12% para os meses de outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Esses percentuais apresentam-se abaixo da média de 7,8% ocorrida em 2012.

Já na análise de comprometimento de renda das famílias, verificou-se que estão aumentando cada vez mais os gastos com Crediário (21,5%), o que hoje representa no orçamento familiar o segundo maior gasto, perdendo somente para os custos com Educação (22%). Também está sobrando menos no bolso do paulistano para novas despesas, somente 7,3%, 1 p.p menor que na última pesquisa, em que se contabilizou 8,3% da renda para novos gastos. Outros fatores que mais contribuem para o aumento de despesas são Alimentação (19,6%) e Habitação (13,7%).


Também consta no estudo que a intenção de compra de imóveis nestes meses do ano é a menor registrada. Somente 2% dos entrevistados informaram que pretendem adquirir este tipo de bem, contudo o valor médio gasto pelo paulistano para a compra é o maior já registrado: R$ 162.000,00.


Quanto à consciência financeira do consumidor, um indicador de observância de orçamento construído com base nos percentuais dos indivíduos de pouparam e que pretendem poupar fornece evidência de maior cautela no cumprimento do orçamento doméstico.  

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Aluguel em aeroporto é mais caro que em shopping de luxo

Infraero  faturou R$ 1,3 bilhão com a exploração comercial dos aeroportos em 2012, uma alta de 17,5% em relação a 2011. Ao todo, a empresa tem 5 mil contratos ativos em 63 aeroportos do País, que lhe garantem 30% de sua receita.

(Jornal do Comércio - Porto Alegre)

                Os aeroportos brasileiros superaram os shoppings de luxo na lista de endereços mais caros para o varejo. As licitações mais recentes para alugar uma loja no aeroporto de Congonhas fecharam com preços bem superiores à média do metro quadrado cobrado no shopping Iguatemi, em São Paulo, que custa R$ 769,00, segundo o ranking da Cushman&Wakefield de 2012, que traz o espaço como o mais caro para lojistas do Brasil.
                A fabricante de meias e roupas íntimas Lupo, por exemplo, inaugurou, no mês passado, um espaço de 21 m², cujo aluguel custa R$ 20 mil. São R$ 952,00 por cada metro quadrado ocupado, o preço mais alto pago pela rede, que mantém cerca de 250 lojas no Brasil, de acordo com a gerente de franquias da marca, Carolina Pires. Isso porque a Lupo conseguiu levar o espaço pelo preço mínimo. Como foi a única empresa interessada na licitação, não teve de participar de um leilão.
                No caso da lanchonete popular de Congonhas, que prevê a oferta de alimentação a preços comedidos, uma disputa entre nove empresas no pregão realizado no fim do ano passado inflou o valor de locação para quase quatro vezes o lance inicial. A área de 68 metros quadrados do subsolo do desembarque foi alugada por R$ 67 mil mensais pela RA Catering, ou R$ 985,00 o metro quadrado.
                “O preço disparou nos últimos anos e superou os shoppings de luxo. Isso não era uma situação normal no País”, aponta Mauro Gandra, presidente da Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (ANCAB), entidade que reúne as principais empresas que alugam espaços nos aeroportos. Ele retribui a alta no valor das locações ao reajuste dos preços na tabela da Infraero e a maior concorrência entre os varejistas pelos espaços.
                O especialista em infraestrutura aeroportuária e consultor da Aeroservice, Mário de Mello Santos, diz que o custo mais alto do aluguel em aeroportos do que em shopping centers é praxe no exterior. O motivo é que o varejista tem acesso a um local com tráfego de passageiros intenso e concorrência menor. Os aeroportos brasileiros registraram 193 milhões de embarques e desembarques no ano passado, segundo a Infraero. “Um local com limitação de concorrência permite que o varejo trabalhe com margens mais altas. Por isso tende a ser mais caro”, diz o presidente do PROVAR, Claudio Felisoni.
                No Brasil, a alta dos aluguéis nos aeroportos foi puxada por uma mudança no formato da licitação da Infraero no fim de 2009. “Começamos a oferecer os espaços por meio de pregão presencial, que propicia uma disputa maior entre as empresas”, disse o superintendente regional da Infraero em São Paulo, Willer Furtado. “Uma pode cobrir o lance da outra, o que antes não era possível, e isso acaba pressionando os preços.”
                A Infraero estabelece um preço mínimo para a locação do espaço e inicia um leilão. Segundo Furtado, o valor é definido pela Infraero de acordo com pesquisas feitas em todos os aeroportos administrados pela estatal e até em shopping centers.
                O preço do aluguel mais caro reduz a rentabilidade das lojas e já motivou alguns varejistas a desistirem do espaço. “As nossas lojas em aeroportos vendem mais que um bom shopping na mesma cidade, mas a rentabilidade é menor porque o aluguel custa muito mais”, afirma o diretor de varejo da Dudalina, Rui Hess de Souza. A empresa abriu sua primeira loja em aeroporto há 7 anos, em Curitiba, e hoje tem espaços alugados também em Congonhas, Navegantes, Maceió, Recife e Londrina. A Dudalina tentou entrar nos aeroportos de Salvador e Porto Alegre, mas desistiu no meio do leilão. “O lance ficou acima do ponto de equilíbrio. Só entramos se a loja for sustentável. Onde estamos dá lucro”, disse Souza.
                Algumas licitações nem chegam à fase de leilão e terminam sem interessados. Foi o caso de 14 das 60 licitações para exploração de áreas comerciais feitas nos aeroportos paulistas entre 2012 e junho de 2013, segundo levantamento com base nos dados da Infraero. O custo de manter lojas nos aeroportos também pesou no caixa da rede de livrarias Laselva, que pediu recuperação judicial em maio. Em nota, a empresa disse que suas despesas com aluguéis subiram 40% entre 2007 e 2012 devido às “mudanças nos sistemas de licitação”. A Laselva tem a maioria de suas lojas em aeroportos e promoveu uma expansão agressiva no setor nos últimos anos – o número de unidades saltou de 40 para 80 em 6 anos.

                Para algumas empresas, estar dentro de um aeroporto traz oportunidades que vão além das vendas. É o caso da Lupo, que quer usar o espaço para fazer ações de marketing com o cliente. “A loja se paga, mas não dá um lucro mirabolante”, disse Carolina. “Por isso, entramos no espaço também pensando em uma proposta de marca.”

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Pós Graduação Nielsen e FIA: Conheça o Professor Luis Rasquilha

Pós-Graduação Nielsen e FIA: Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências de Consumo.


Luis Rasquilha 


Formação em Criatividade, Empreendedorismo e Gestão da inovação, Marketing, Administração e Comunicação, com 16 anos de experiência de mercado na área de Marketing, Comunicação e Administração com passagens por marcas como Ogilvy, Publicis e Dentsu em funções estratégicas e de gestão. Atualmente é CEO da AYR Consulting Worldwide, consultora mundial especializada em mapeamento e pesquisa de tendências e sua conversão em Insights de negócio e de inovação, liderando a presença em 32 países e uma rede de mais de 20.000 observadores de tendências. É professor convidado em Escolas de Negócio e Universidades na Europa, África e América do Sul e autor e Co-autor de 18 livros técnicos sobre Marketing, Comunicação, Tendências e Inovação.

1. Qual a maior contribuição de sua disciplina para a formação de pessoas que atuam em inteligência de mercado e precisam entender a dinâmica e as tendências do mercado de consumo?

Consumer Insights e Cool Hunting 

O CoolHunting hoje  é uma das mais eficazes ferramentas de pesquisa de comportamento de consumidor, pois se foca no que os consumidores fazem e no que eles dizem. Nesse sentido permite identificar diversas oportunidades que, quando transformadas em Insights, podem dar as empresas verdadeiras oportunidades de negócio e de diferenciação.

Pesquisa de Tendências e Análises Preditivas de Mercado (Strategic Foresights) 
O fato de podermos entender o futuro e a forma de prevê-lo através do comportamento humano é hoje o mais importante fator de sucesso das empresas. Não apenas prever, mas tomar as decisões corretas de aplicação desse conhecimento na estratégia das empresas assume-se como o verdadeiro diferencial das empresas que vão sobreviver nos próximos tempos.

2. Em sua visão, quais as oportunidades que o curso de Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências de Consumo oferecem ao aluno e à sua carreira?


Claramente “abrir a cabeça” e dotar o aluno de ferramentas inovadoras e novas formas de construir valor nas empresas e em sua carreira. Muitas vezes estamos fechados em nossa realidade e nossas rotinas que precisamos olhar com outros olhos o que está acontecendo. Neste curso, devido à atualização e relevância, olhamos para frente e não para o passado, o que é o normal na vida das empresas. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Conheça o Professor Bruno Pompeu - PROVAR/Nielsen

Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências de Consumo.


Mini currículo



Bruno Pompeu



Bruno Pompeu é publicitário, formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, com bolsa CNPq, com trabalho sobre análise semiótica de embalagem. Atualmente está em fase de conclusão do seu doutorado, em consumo, semiótica e publicidade, também na USP, com bolsa CAPES, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Clotilde Perez.
É professor de Marketing e Semiótica do Instituto Europeo di Design (IED-SP) e leciona disciplinas relacionadas a Marketing, Semiótica, Branding, Consumo e Antropologia em cursos de pós-graduação lato sensu como USP, FIA, Trevisan, Belas Artes, Senac e Escola São Paulo.
É co-autor do livro Dicionário Técnico e Crítico da Comunicação Publicitária, editado em 2012 pela Cia. dos Livros.
Como semioticista, já desenvolveu projetos de consultoria para marcas nacionais e estrangeiras com a profª Drª Clotilde Perez, tendo já atendido clientes como Nestlé, Unilever, Natura, Sadia, Mastercard, Visa, Rede Globo, General Motors, Fiat, Brastemp, Carrefour, Tio João, Ovomaltine, La Roche-Posay etc.



    1. Qual a maior contribuição de sua disciplina para a formação de pessoas que atuam em inteligência de mercado e precisam entender a dinâmica e as tendências do mercado de consumo?


SEMIÓTICA APLICADA - Ter a semiótica não apenas como um método de análise, mas também como um corpo teórico e uma epistemologia próprios é uma das principais contribuições. Enxergar a semiótica como um posicionamento diante dos fenômenos cotidianos - sobretudo os de consumo - pode proporcionar uma perspectiva privilegiada para se pensar o mercado contemporâneo. Não é de hoje que a semiótica tem sido usada no âmbito da pesquisa de mercado, tanto em níveis táticos quanto nas esferas estratégicas, o que faz com que cada vez mais seja necessário conhecer seus fundamentos teóricos e também compreender seu funcionamento prático na dinâmica do mercado. A disciplina teria por objetivo percorrer as principais correntes teóricas, os métodos mais utilizados e dotar o aluno da capacidade de perceber em que situações de mercado poderiam ser adequados estudos semióticos - por exemplo: análises de embalagem, de nomes, de anúncios etc.



ANTROPOLOGIA DO CONSUMO - Entender que é na esfera do consumo que se manifestam os principais traços do comportamento humano contemporâneo. A antropologia do consumo estuda exatamente a relação das pessoas com os bens e a transferência de significados entre pessoas e marcas, entre pessoas e produtos. A disciplina teria, então, como principal contribuição trazer a abordagem antropológica/etnográfica para o universo do consumo, permitindo investigações de mercado mais adequadas ao contemporâneo e prontas a dar melhores respostas aos clientes. Rituais de consumo, transferência de significados, universos de sentido, tudo isso faria parte da disciplina, sempre procurando alinhar os conteúdos às práticas atuais da pesquisa de mercado.



   2. Em sua visão, quais as oportunidades que o curso de Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências de Consumo oferecem ao aluno e à sua carreira?
Uma contextualização mais ampla. Na medida em que a vida corporativa é por vezes excessivamente corrida, corre-se o risco de se distanciar do pensamento mais amplo sobre o que acontece no mundo. Para o profissional de pesquisa de mercado, é fundamental estar em sintonia com o que de mais atual se pensa e se estuda. Por isso, o curso pode trazer essa atualização do profissional, mas também pode proporcionar uma abertura maior a novas formas de pensar e praticar a pesquisa. Técnicas, métodos e teorias de pesquisa são assuntos rígidos e rigorosos. Pesá-los a partir de uma perspectiva mais complexa, aberta à flexibilização, alinhada com o dinamismo do mundo atual, coerente com os contornos do contexto contemporâneo, tudo isso é indispensável ao bom profissional de pesquisa de mercado e tudo isso, penso eu, o curso tem condição de oferecer aos seus alunos. Novas técnicas, novas formas de análise, novas abordagens, revisão de conceitos, atualização de métodos, aprofundamentos nas discussões, tudo isso deve fazer parte do curso.






quarta-feira, 10 de julho de 2013

Consumidor pretende reduzir suas compras

Consumidor pretende reduzir suas compras

Correio da Bahia

A intenção de compra do consumidor no 3º trimestre de 2013 caiu para o menor nível em 11 anos. Pesquisa do Programa de Administração do Varejo e da Fundação Instituto de Administração (PROVAR/FIA) com 500 paulistanos na primeira quinzena de junho, antes dos protestos, revela que 50,4% dos entrevistados pretendem adquirir algum bem durável ou semidurável entre julho e setembro. Esse resultado é o menor para o trimestre desde 2002. Naquele ano, a intenção de compras no período havia sido de 21,9%. Quando comparada com o trimestre anterior, a intenção de compras é 8,8 pontos menor. Ante igual período de 2012, a queda foi de 3,4 pontos percentuais.
                “O que afeta o consumo é a confiança da população e as condições atuais são desfavoráveis”, afirma o presidente do Conselho PROVAR/FIA e responsável pela pesquisa, Claudio Felisoni de Angelo. Ele observa que em 8 das 13 linhas de produtos pesquisadas o consumidor reduziu a intenção de compras no 3º trimestre em relação a igual período de 2012. O destaque é para os imóveis, com queda de 52,8% e carros, com recuo de 38,9%. A pesquisa mostra que o desempenho de um conjunto de variáveis está jogando contra o ritmo de compras. De julho a setembro deste ano, a sobra de orçamento para consumo, depois de pagas as despesas obrigatórias, é menor: 8,3%, ante 12,3% no 3º trimestre de 2012. Além disso, a inadimplência média, de 7,8%, continua alta. A partir de agora, a pesquisa do PROVAR começa a consultar consumidores sobre as expectativas de desemprego, já que essa é uma variável-chave para o consumo. O indicador de projeção de expectativa de desemprego é favorável quando está abaixo de 100 e desfavorável em caso contrário. Para o 3º e 4º trimestres deste ano, a pesquisa mostra que houve uma piora do indicador. No ,3º trimestre, ele ficou em 113,95 pontos e, no 4º trimestre, ele ficou em 120,93.

                Outro resultado relevante que confirma o menor ímpeto de compras é que o consumidor não pretende realocar compras.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Varejo já prevê neste ano um Natal "magro"

Varejo já prevê neste ano um Natal “magro”

Em declínio desde o começo de 2012, o comércio sofer com consumidor menos otimista com o cenário econômico e político brasileiro

Flávia Milhassi, de São Paulo, para o DCI – SP


Desde o começo do ano o varejo ampliado – que inclui carros e material de construção – tem apresentado desaceleração. Essa tendência de queda está acentuada no período devido a fatores como inflação, alta dos juros e o menor poder aquisitivo do consumidor, que hoje apresenta 40% da sua renda comprometida com dívidas anteriores.
                Somados, esses fatores fazem com que a perspectiva do setor seja menos otimista no terceiro e quarto trimestre e que até mesmo o Natal – principal data temática ao comércio – seja mais magro este ano. Segundo Claudio Felisoni, presidente do Programa de Administração do Varejo (PROVAR) e da Felisoni Consultores Associados, a tendência é de que não ocorra nova ascensão social entre os consumidores brasileiros e isso impactará negativamente o setor no futuro.
                “Nesse cenário atual – Inflação e juros com viés de alta – não será possível ver a classe C emergir para a classe B. Logo, os mais de 30 milhões de brasileiros que chegaram à classe média estão estagnados”, disse o especialista.
                Ainda na opinião do analista, isso é reflexo de políticas que privilegiaram apenas o consumo e reverteram poucos esforços em investimentos. “Isso tem sido falado desde o ano passado que basear o crescimento do PIB apenas no consumo, não seria o suficiente. Pode-se dizer que esse sistema se esgotou no País”, concluiu.
                Felisoni baseia-se na pesquisa trimestral feita pelo PROVAR e da Fundação Instituto de Administração (FIA) que apontou o recuo de 8,8% na intenção de consumo de bens duráveis no terceiro trimestre.
                O indicador apontou também 50,4% de intenção frente aos 59,2% apresentados no segundo trimestre. Na comparação anual, a queda ficou em 3,4%.
                Ainda segundo os dados da pesquisa, esse índice é o menor da série histórica da pesquisa desde 2002. “A massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, o prazo médio de pagamento, o comprometimento da renda em cerca de 40% e a inadimplência na casa dos 7,8% têm afetado muito o ânimo de compra e a tendência é de forte desaceleração do consumo até o final de 2013”, disse Felisoni, que completou: “Ao que tudo indica teremos um Natal bem mais enxuto do que foi o ano passado”.
                O especialista explicou ainda que ele seguirá a em linha com o que foi o Dia das Mães, “positivo para as vendas, mas bem menos do que o esperado”.
                Outro ponto a ser ressaltado e que foi levantado pela pesquisa foi a questão da transferência entre categorias. Esse fenômeno ocorre quando o consumidor migra entre as categorias de intenção de compra. Antes eles migravam por produtos mais baratos, a pesquisa atual apontou que isso, ao que tudo indica, não acontecerá. Nuno Manoel Martins Dias Fouto, diretor de estudos e pesquisas do PROVAR, explicou que esses movimentos são cíclicos e ocorrem devido às condições financeiras do consumidor. “No segundo trimestre esse índice de transferência foi de 6,1%, nesse momento eles migraram para outras categorias. Nesta amostra, esse índice foi de 0%, o que indica que ele não fará compra devido a forte restrição de renda em que ele se encontra.”, disse.
                Os supermercados são as principais operações que sentem esse efeito de transferência. O consumidor ao invés de comprar artigos de marca mais Premium, ele substitui por produtos de menos valor agregado, tudo para que ele não deixe de comprar os itens de primeira necessidade.
MANIFESTAÇÕES
                Os protestos ocorridos no mês de junho impactaram negativamente o varejo popular. A rede Armarinhos Fernando perdeu cerca de 30% das suas vendas no mês passado. Segundo Ondamar Antonio Ferreira, gerente-geral da rede, mesmo com o fim das manifestações nas ruas, o fluxo de clientes apresentou queda. “Os protestos fizeram com que a gente perdesse cerca de 30%, mesmo depois que eles ficaram menores, os clientes não retornaram à loja”, disse ele, ao que completou: “Manifestar é válido, mas as depredações é que não podem ocorrer”.
                Ferreira acredita que para recuperar este prejuízo no mês de junho é preciso esperar as vendas de Dia das Crianças. “Nossa expectativa é vender de 9% a 10% a mais do que o mesmo período do ano passado. O mercado teve uma queda, mas estamos otimistas com os próximos meses, ainda mais pelos produtos que vendemos”, concluiu.
                Questionado sobre os estoques, Ferreira disse que está tudo acerto até para as vendas de final de ano. “Eles têm produtos o suficiente para atender a demanda que vier”, disse.

                Para Felisoni, nesse momento o que mais impacta o varejo e outros setores é a paralisação dos caminhoneiros. Para o especialista, não há como o varejo se preparar uma vez que aumentar os estoques não é viável a uma operação. “Você já está com o consumo em baixa, mexer no seu capital de giro com estoques só vai prejudicar ainda mais os juros com sinais de alta”, disse.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Intenção de compras do paulistano para o terceiro trimestre é a menor desde 2002, revela pesquisa do PROVAR.

Intenção de compras do paulistano para o terceiro trimestre é a menor desde 2002, revela pesquisa do PROVAR/FIA

Inadimplência e comprometimento da renda se mantêm em alta. Outros dados analisados no estudo são: intenção de gasto e investimentos em poupança das famílias

O consumidor está muito cauteloso na hora de comprar. Este comportamento resulta no menor nível de intenção de compras desde 2002, segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados. Com isso, 50,4% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável entre os meses de julho e setembro deste ano, índice 8,8 p.p menor ao registrado no segundo trimestre, em que se verificou 59,2%. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o índice teve queda de 3,4 p.p., pois no período foi registrado 53,8%.

A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.


Dentre as categorias analisadas, o item "Vestuário e Calçados" desponta como o de maior intenção de compra, com 19,8%, seguido por "Linha Branca", com 9,6% e "Informática", com 9%.

Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR/FIA, diversas são as condições que afetam a compra do consumidor. “A massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, o prazo médio de pagamento, o comprometimento de renda e a inadimplência têm afetado muito o ânimo de compra e a tendência é de forte desaceleração do consumo até o final de 2013”, argumenta o professor.

Outro fator ressaltado no estudo é que somente quatro categorias apresentaram alta na intenção de compras em relação ao terceiro trimestre de 2012. São elas: Eletroeletrônicos (200%), Eletroportáteis (72,7%), Informática (9,8%) e Linha Branca (9,1%). Todas as outras categorias listadas na pesquisa apresentaram índice zero ou quedas que variam de 13,2% a 53,3%.

Outros assuntos avaliados no estudo

Ainda de acordo com a pesquisa, os dados registrados são alarmantes. Neste período, a expectativa de inadimplência se mantém em um patamar de 7,6% durante os meses de julho, agosto e setembro.

Já na análise de comprometimento de renda das famílias, verificou-se que cada vez mais está sobrando menos no bolso do paulistano para novas despesas, somente 8,3%, 1,7 p.p menor que na última pesquisa, em que se contabilizou 10% da renda para novos gastos. Dentre os fatores que mais contribuem para este resultado estão as despesas com Alimentação (21%), Educação (20,4%) e Crediário (19,7%), este último com um gasto 3,3 p.p maior que o registrado no último estudo.





Com exceção da categoria “Cine e Foto”, todas as outras apresentaram aumento na utilização de crédito para compra. Dentre as que os consumidores mais afirmaram utilizar os meios de crédito para compra estão: “Cama, mesa e banho”, em que 100% dos respondentes sinalizaram fazer uso de crediário, seguido de “Material de Construção” (87,18%), e “Viagens e Turismo”, com 85,2%.

Também consta no estudo que a intenção de compra de imóveis nestes meses do ano é a menor já registrada. Somente 3,4% dos entrevistados informaram que pretendem adquirir este tipo de bem e o valor médio gasto pelo paulistano para a compra deste bem é de R$ 129.411,00.

Quanto à consciência financeira do consumidor: 34% informaram ter poupado algum valor nos três últimos meses deste ano, em média R$ 1.357,00. Já quanto à pretensão de poupança, apenas 22% disseram que devem economizar algum valor no período, e o valor médio pretendido para os meses de julho e setembro é de R$ 1.572,00.



Sobre o Provar: O Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) foi criado em 1992 com o objetivo de promover pesquisas e oferecer treinamento para o setor, que é um dos maiores do terciário da economia brasileira e grande empregador da mão de obra. O propósito do programa é manter uma estreita parceria entre acadêmicos e executivos de organizações ligadas direta ou indiretamente ao varejo, à distribuição, aos serviços e ao mercado de consumo. O programa também tem por objetivo promover pesquisas, estudos, publicação, consultoria e treinamento para o setor de varejo de bens e serviços. Consolidado como o maior centro acadêmico de investigação nas áreas do varejo e mercado de consumo do Brasil, o Provar envolve a participação regular d e mais de cinquenta professores, vinte pesquisadores em caráter permanente, além de alunos do mestrado e doutorado da FEA/USP. Sob sua supervisão já foram realizados mais de 5 mil horas por ano de programas de treinamento, bem como projetos de consultoria e educação no Brasil e na América Latina (México, Chile e Argentina), tendo registrado em 2005 o treinamento de mais de três mil profissionais.

Sobre a Felisoni Consultores Associados: A Felisoni Consultores Associados é uma empresa que oferece cursos, consultoria e pesquisas voltados para o atendimento das necessidades das organizações que têm interesses próximos ao mercado de consumo de bens e serviços. Contando com vasta experiência nas diversas áreas relacionadas à distribuição e ao mercado de consumo, a Felisoni & Associados oferece um amplo conjunto de soluções aplicadas à gestão das organizações. A experiência da Felisoni & Associados vem sendo construída pela intensa atividade de pesquisa de seus profissionais, que associam a sólida formação acadêmica com a ação prática, orientada à identificação e à solução de problemas das organizações mais estreitamente relacionadas à dinâmica do mercado de consumo.

Sobre a e-bit: Presente no mercado brasileiro desde janeiro de 2000, a e-bit conquistou destaque no desenvolvimento do comércio eletrônico no país sendo referência no fornecimento de informações de e-commerce. A e-bit oferece serviços tanto para empresas como para o consumidor online. Para as empresas, a e-bit colabora para o aumento da confiança nas compras pela internet, publicando em seu site (www.ebitempresa.com.br) o resultado das avaliações das pessoas que realmente compraram nas lojas virtuais conveniadas. Já, as informações sobre os serviços direcionados aos consumidores podem ser encontradas no site institucional da e-bit (www.ebit.com.br). A e-bit tem atualmente mais de 5.600 lojas conveniadas.

Sobre a FIA: Eleita por três vezes, desde 2005, como a melhor Escola de Negócios do Brasil, a FIA, um dos mais conceituados e respeitados centros educacionais do País, possui 31 anos de atuação no setor. A Instituição de Ensino Superior (IES), credenciada junto ao MEC (Ministério da Educação), atua em três frentes: ensino, pesquisa e consultoria, capacitando-a para desenvolver estudos e prestar serviços nos mais variados campos de especialização da Administração. Todos os MBAs oferecidos pela instituição alcançaram credenciamento junto à The Association of MBAs (AMBA), sediada em Londres, que referencia importantes escolas de negócios pelo mundo. Outro reconhecimento relevante foi concedido pelo jornal britânico Financial Times: o Pós-MBA, 25º colocado no ranking educação executiva da Financial Times em 2011.

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